quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Lixo Tecnológico

Uma empresa que invista hoje em equipamentos de última geração para seu data center não está livre de, daqui a dois ou três anos, perceber que terá de lidar com o e-waste, que é o lixo tecnológico formado pelos equipamentos que ficaram obsoletos.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é o maior produtor de e-waste do mundo, título que não pode ser comemorado quando não se tem um bom projeto de reciclagem desse material tecnológico, já que muitas partes são tóxicas.

Na opinião do consultor e diretor de tecnologia da Online Brasil, Adriano Filadoro, os novos projetos de infraestrutura de TI consideram a reutilização dos equipamentos que ainda podem receber um upgrade ou que, ao integrar um projeto de virtualização, passam a ser mais bem utilizados em sua capacidade.

“É comum haver uma percepção errônea em relação ao parque tecnológico disponível nas empresas. Acreditar que um projeto será mais eficiente se os investimentos recaírem sobre equipamentos novos é um conceito equivocado. Como geralmente essa é a parte que exige investimentos mais altos, cabe à empresa responsável pelo projeto oferecer um modelo que esteja não somente dentro do orçamento do cliente, mas que corresponda às suas reais necessidades também”, diz Filadoro.

Por outro lado, o executivo diz que empresas que são obrigadas a atualizar frequentemente seu parque tecnológico, em função do segmento de atuação, costumam negociar o descarte com empresas terceirizadas que atuam na reciclagem de equipamentos eletrônicos. “No Brasil, esse tipo de especialização ainda é embrionário. A exemplo do descarte de pilhas, há que se estabelecer normas mais claras que permitam a esse tipo de serviço ser utilizado com sucesso e responsabilidade – a fim de que a memória desses equipamentos obsoletos não seja motivo de operações fraudulentas”.

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